segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Ritmos Brasileiros II - Baião


Violões II - Pintura de Dina Garcia
Baião:

    Luiz Gonzaga, o rei do baião, foi responsável pela popularização do ritmo nordestino em todo Brasil durante o apogeu da rádio nacional por volta de 1946, com a gravação da música que leva no nome do ritmo:
    O ritmo tem sua origem, como muitos outros ritmos brasileiros, em reuniões e festas populares que eram acalentadas com a dança, a música e, no caso da cultura nordestina, dos desafios de repentistas. Atribui-se o início do gênero aos “interlúdios” instrumentais realizados pela viola caipira entre os versos dos repentistas.                 
Sanfoneiro - Pintura de Dina Garcia
    O baião possui uma instrumentação peculiar: Acordeom/Sanfona – que tem função harmônica e melódica; zabumba e triângulo - que são responsáveis pela definição rítmica (veremos as funções desses instrumentos mais a frente). Também são comuns a viola caipira, flauta, pífanos e alguns outros instrumentos de percussão. 
  Como grande parte dos estilos de música brasileira, o baião é escrito em 2/4 e tende a ter mais andamentos rápidos do que lentos. Com sua fixação como estilo na década de 40 o baião influenciou todo o cenário musical brasileiro, tendo como fruto canções de diversos compositores consagrados da MPB, como Gilberto Gil, Caetano Veloso e Milton Nascimento, além de ter influenciado fortemente a música instrumental, que tem como um de seus maiores representantes no baião o multi-instrumentista Hermeto Pascoal. 
   São grandes nomes da história do baião: Luiz Gonzaga, Humberto Teixeira, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro.

Zabumba e triângulo:

   Os dois instrumentos responsáveis pela condução rítmica do baião são a zabumba e o triângulo. A zabumba, instrumento tipicamente brasileiro, é responsável pela marcação dos graves e também toca sons mais agudos com a vareta utilizada em baixo do instrumento, executando a seguinte figura:



   O triângulo trabalha executando a subdivisão em semicolcheias e acentuando o contratempo, como no exemplo abaixo:


Ritmos Básico e Variações:


Levando em conta as definições rítmicas apresentadas acima temos várias possibilidades para retratar o baião. Abaixo temos uma versão que utiliza a rítmica da zabumba:


Variante I:

Somente a parte grave da zabumba:


Variante II:

Em forma de arpejo:

Variante III:



Repertório sugerido: (para praticar)

Canções:
             Asa Branca (Luiz Gonzaga)
            Qui nem Jiló (Luiz Gonzaga)
            Domingo no Parque (Gilberto Gil)

Baião instrumental:
           Hermeto Pascoal
           Egberto Gismonti
           Guerra Peixe





Fonte:
rafaelthomaz.wordpress.com







sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Site - Cedmon Alves

http://cedmonalves.com.br
 
        Olá pessoal, recentemente um amigo meu e parceiro musical lançou o seu mais novo site "Cedmon Alves". Cedmon é um dos grandes nomes no cenário violonístico nacional junto com seu violão de 10 (dez) cordas, passeando pelas melodias históricas do repertório do violão e uma pegada suwingada nos ritmos brasileiros, você pode conferir nos seus arranjos e nas suas composições. No seu site você pode encontrar todas as informações sobre o seu trabalho.
 
 

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Novo site da AV-Rio (Associação de Violão do Rio de Janeiro)



Olá pessoal tudo bem? A Associação de Violão do Rio de Janeiro está lançando o seu mais novo site, que eu particularmente venho acompanhando todo o seu processo junto com o Celso Eduardo Cerbella o trabalho de Web Design da Adriana Ballesté. No site você vai encontrar toda a história da AV-Rio e seus projetos como a "Orquestra de Violões, "Série Violões da AV-Rio", "AV-Rio Social" e muito mais, além dos acervos para download.

AV-Rio




 



quarta-feira, 9 de maio de 2012

História do Violão com Nicolas de Souza Barros


Olá pessoal, mais uma novidade que anda no Mundo da internet, uma pequena série de cinco vídeos muito interessante que o prof. Nicolas de Souza Barros, fala de alguns instrumentos de cordas dedilhadas e sua relação com o violão atual através da "VIHUELA, GUITARRA RENASCENTISTA, GUITARRA BARROCA, GUITARRA ROMÂNTICA e VIOLA CAIPIRA.


Vihuela


A VIHUELA, surgiu no século XV na Península Ibérica. É o primeiro instrumento dedilhado com perfil de "oito" da história ocidental. Mas, a sua afinação, técnica e repertório eram essencialmente idênticos aos do alaúde.


Guitarra Renascentista


A GUITARRA RENASCENTISTA dá início à linhagem direta do violão moderno. Surge inicialmente na Espanha, e era um instrumento pequeno (bem menor do que este exemplar moderno), com a caixa acústica em forma de oito, quatro afinações e uma sonoridade bastante aguda.


Guitarra Barroca


Ao longo do século XVI, o alaúde começou a ter muitas cordas, e por isso se tornou um instrumento bastante complicado para tocar. Assim, a GUITARRA BARROCA, que pode ser o descendente direto da guitarra renascentista, tomou o seu lugar nas preferências dos nobres amadores. Tem cinco afinações, e frequentemente é afinada com poucas cordas graves.


 
Guitarra Romântica


Entre meados do século XVIII até o início do século XIX, a guitarra barroca teve a sua afinação modificada até surgir a GUITARRA ROMÂNTICA. Um baixo foi acrescido, e assim as cinco afinações duplas viraram seis cordas simples. Este instrumento é o precursor direto do violão moderno, e nada mais é que um violão com a caixa acústica e encordoamento menores, e com a estrutura interna mais frágil. Apareceu no Brasil a partir da década de 1830, e naquela época o instrumento foi chamado de VIOLA FRANCESA.



Viola Caipira


Com cordas metálicas, ao invés da tripa usada nos outros instrumentos, a VIOLA DE ARAME ou VIOLA CAIPIRA tem afinação parecida à da guitarra barroca e cinco afinações. No Brasil, é mais usada na música folclórica.

Fonte:
You Tube
AV-Rio (Associação de Violão do Rio de Janeiro) 

quarta-feira, 28 de março de 2012

Luva de proteção do antebraço

Bandolim e Violão - 1924 - Pablo Picasso
Olá pessoal, vou mostrar um acessório bem útil para a sua saúde e para a performance violonistica, que é uma luva de proteção do antebraço que dá maior velocidade e leveza na movimentação dos dedos, proteção e conforto na execução, alguns violonistas já utilizam este tipo de acessório mas o uso fica a critério do seu professor de violão ou de sua preferência para sua performance.

Como surgiu?
A Luva surgiu da busca de uma proteção adequada do antebraço contra a quina do violão. Posicionando o violão (postura clássica), o violonista normalmente exerce pressão com o antebraço direito sobre a quina formada pela junção do aro com o tampo do instrumento. Com isto a ação dos dedos fica inibida: os músculos não trabalham livremente e a circulação sanguínea é prejudicada. Em tentativas anteriores, se procurava resolver o problema da quina do violão construindo-se certos artefatos, que eram fixados na própria quina, a fim de deixá-la menos aguda. Daí resultava outros problemas: a) de ordem estética, devido à transmutação da aparência tradicional do instrumento e b) de estabilidade, devido ao uso de ventosas que podiam soltar-se repentinamente durante uma execução.

Quais as vantagens de seu uso?
A Luva de apoio rígido e a Luva de apoio suave melhoram consideravelmente o desempenho da mão direita, trazendo mais velocidade e leveza na movimentação dos dedos. Seu uso favorece todo o aparelho motor, desenvolvendo fluidez, causando menos tensão e cansaço e dando também maior segurança e precisão nos deslocamentos da mão e do braço.
Como funciona?
A Luva de apoio rígido, que oferece uma proteção mais completa do antebraço, é provida de uma peça interna, uma tala de proteção semi-rígida, chamada de distribuidor de pressão, que é sua parte essencial e que tem a função de eliminar a pressão localizada, distribuindo-a por toda a face interna do antebraço. Com isto ela permite a livre ação dos músculos flexores.
A Luva de apoio suave utiliza, em lugar da tala de proteção semi-rígida, uma camada de borracha que possibilita uma distribuição suave da pressão do braço contra a quina do violão. Neste caso a pressão localizada não é completamente eliminada, mas amenizada.
A Luva de apoio suave é também ideal para quem deseja utilizar a luva para maior conforto na execução, bem como para facilitar os deslocamentos do braço, deslizando em contato com a quina do instrumento.
Aos violonistas que exercem maior pressão do braço sobre a quina é aconselhável darem preferência ao uso da Luva de apoio rígido.
Fase de adaptação
A tala de proteção - presente na Luva de apoio rígido - dispõe exatamente do grau de rigidez necessário à sua função. O violonista, habituado à consistência da musculatura que cede à pressão contra a quina, poderá, porém, estranhar a nova sensação de contato do braço com o instrumento. Por isto, para muitos são necessários alguns dias de adaptação, até que fiquem familiarizados com o uso da Luva de apoio rígido.
Com a inserção de uma camada de espuma texturizada de maior espessura e densidade, o uso da Luva de apoio rígido tornou-se ainda mais confortável, dando uma melhor sensação de contato com o instrumento.
Para aqueles que tiveram dificuldades em adaptar-se à Luva de apoio rígido, recomendamos o uso da Luva de apoio suave, que dá uma proteção mais suave do antebraço, permanecendo a sensação natural de contato do braço com o instrumento.

Uso medicinal
O uso da Luva é altamente recomendado, pois:
• Impede a compressão dos músculos e dos nervos digitais.
• Evita a formação de tecido caloso, mantendo a flexibilidade muscular.
• Ajuda na prevenção e recuperação de lesões, como tendinite e distonia focal.
  As seguintes fotos mostram o braço sem e com a proteção da Luva:
 
 
  Sem a Luva:

A pressão sobre a quina restringe a ação muscular, provocando tensão

  Com a Luva de apoio rígido:

A pressão sobre a quina fica distribuída, permitindo o funcionamento normal dos músculos

                            Com a Luva de apoio suave:
A pressão é parcialmente distribuída, permitindo um melhor funcionamento dos músculos

Fonte:


domingo, 5 de fevereiro de 2012

Organizando os instrumentos de cordas

    Olá pessoal, estou compartilhando uma boa idéia que encontrei na internet, vou mostrar em imagens o processo de como construir um “rack” para organizar e guardar os seus instrumentos de cordas.

1ª passo: Conseguir um rack usado de computador, TV, armário ou outro tipo semelhante que pode ser reaproveitado.

2ª passo: Retire a tampa na parte superior do "rack" e todas as divisórias interiores do mesmo. Manter as laterais e a base inferior. Alguns "racks" possuem rodas e outro não, mas podem colocar rodas para melhor locomoção. 



3ª passo: As divisórias “podem” ser feitas com cabo de vassouras pregadas e coladas a uma tábua fixada nas laterais do "rack", as medidas também podem ser modificadas de acordo com as necessidades. 


Sugestão para as medidas:

         

4ª passo: Este momento será de acabamento que poderá ser finalizado com uma fita protetora para os instrumentos não caírem, sugiro também colocar uma espuma na base inferior para mais proteção aos instrumentos. Pronto, agora está pronto seu armário, já pode guardar seus equipamentos.